O pão e circo

Na antiga Roma, Júlio César era querido pelo povo romano, por ter criado a famosa "política do pão e circo" (panis et circenses), que consistia em oferecer a população romana diariamente espetáculos, como lutas de gladiadores, nos estádios aonde também era oferecido alimentação, o pão. Distraindo assim a população dos problemas da vida, diminuindo a insatisfação do povo.

Atualmente os políticos brasileiros do alto de seus conhecimentos históricos, ainda se preocupam em espelhar-se em Júlio César e sua famosa política populista. O circo, está montado em Brasília e os espetáculos são oferecidos diariamente, mas recorrentemente o povo que é levado a fazer o papel de palhaços. Agora o pão ficamos sem, já que eles nos deixam somente as migalhas, quer dizer, correção, nos nossos espetáculos apesar de não distribuírem o pão, eles sempre acabam em pizzas.

Enfim toda essa alegoria que escrevi foi só pra ilustrar o mais recente episódio de absurdo e safadeza da política brasileira. O escândalo das passagens aéreas. Em que nossos queridos políticos utilizavam a sua cota de passagens aéreas, um direito constitucional, de forma irregular, ou seja, parte da cota de passagens aéreas de todos vários parlamentares era destinada a viagens de familiares e terceiros não envolvidos diretamente com a atividade do parlamento.

Mas o absurdo da situação não reside somente nisso, afinal infelizmente estamos acostumados com escândalos políticos e casos de corrupção, mas neste caso ao ser descoberta toda a safadeza, com a pressão popular, os líderes políticos resolveram tentar acabar com a festa... agora sente a palhaçada, alguns políticos estão indignados por terem a sua cota restrita, um deles que nem tenho vontade de saber quem disse que "a cota de passagens é DELE", mas como assim Bial??!?! Esses safados não estão lá em Brasília, recebendo R$ 16,5 mil, no caso dos deputados, para exercerem um mandato em nome da população!?!? Essa cota não é um benefício dado para facilitar o seu "trabalho"?!?! Infelizmente acho que para alguns a resposta é NÃO, e eles estão lá apenas pra ganhar facilmente o dinheiro que o povo converte em impostos através de seu suor.

Enquanto isso no mundo real, a crise segue atingindo a economia brasileira, os trabalhadores que veem seus benefícios, como convênios e abonos, sendo cortados no fundo ficam felizes por ser "apenas" isso, afinal eles ainda tem um emprego.